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Conheça a história de Ariane Guarnier, faixa-preta campeã mundial pela IBJJF

  • Foto do escritor: Redação
    Redação
  • 15 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 3 de abr. de 2023

Ariane Guarnier ficou próxima de largar a arte suave antes de ganhar o mundo

Ariane Guarnier coleciona medalhas na carreira (crédito foto: arquivo pessoal / Ariane Guarnier)


Atualmente Ariane Guarnier é reconhecida por ser uma atleta consagrada da cidade de Vila Velha, no Espírito Santo. Campeã mundial de Jiu-Jitsu em Las Vegas e dona de sua própria academia no estado, a ‘Além dos Tatames”, muitos não sabem da mudança de hábitos e mentalidade que a faixa-preta precisou ter para chegar no atual momento que vive hoje.

No ano de 2016, Ariane pensava em desistir do esporte que praticava há mais de 15 anos. Pessimista, a lutadora tinha parado de competir, já não via sentido nos treinos, e por pouco não abandonou a arte suave. Para isso, foram necessários dar alguns mata-leões por dia para poder conciliar a rotina pesada dos treinos com o dia-a-dia como técnica de operações na P-58.


Em um curto espaço de tempo as coisas mudaram, Ariane tirou da cabeça a ideia de abandonar a modalidade que amava, e iniciou uma jornada que a levou até o título do World Master Jiu-Jítsu IBJJF, conquistado em meados de 2017.


Em 2016, Ariane pensava desistir do esporte que praticava há mais de 15 anos. Andava pessimista. Tinha parado de competir, não via sentido nos treinamentos, inventava desculpas para si mesma – a falta de tempo, o excesso de trabalho, a idade. “Se você conversasse comigo nessa época, ia achar que era outra pessoa”, conta.


A primeira mudança foi de perspectiva. “Comecei a olhar para o lado positivo”, diz. “Tudo mudou a partir daí, comecei a enxergar, mesmo nas dificuldades, uma oportunidade para evoluir. Precisamos ser O Capitão do nosso próprio barco, tomar a direção da vida e não ficar à deriva”, diz. Para isso ela diz que “o autoconhecimento é uma palavra-chave”. Percebeu que não queria abandonar o jiu-jitsu. “Eu me sentia presa quando não fazia isso”, desabafa.


Sabia o que queria. Para conquistar, era preciso ter disciplina. Nessa hora, reflete, “mais do que saber o que a gente quer, é preciso saber dizer não” – por exemplo, para a preguiça que pedia que ela ficasse na cama quando tocava o despertador do tablet antes do sol nascer na plataforma.


Para conciliar a rotina de treinos físicos na academia da P-58 com as obrigações do trabalho, era preciso acordar cedo. Bem cedo. O turno de 12 horas é cansativo, ela diz. Às vezes o corpo pesa. “Muita gente não faz ideia, mas a plataforma tem o tamanho de mais ou menos três campos de futebol”, ela diz. “A gente anda muito, sobe e desce escadas pra lá e pra cá”.


Além de levantar pesos, aproveitava o tempo livre para estudar a técnica. Assistia vídeos, fazia anotações mentais, planejava o que fazer se, no meio da luta, se visse nessa ou naquela situação. Mas, o mais importante, garante, era treinar “o psicológico” para manter o foco.


Mal desembarcava, corria para a academia. No começo, a mãe dela estranhava. A filha passava o dia no tatame. Às vezes, em casa, a mãe perguntava, pragmática: “Mas você ganha algum dinheiro com isso?”. Nem sempre era fácil explicar que não era uma questão de dinheiro.

“Eu quase não me inscrevi nesse campeonato”, confessa, referindo-se ao campeonato mundial. “As coisas estavam complicadas, não tinha conseguido patrocínio, estava me perguntando se valia mesmo a pena”.


Estava nessa quando Pablo, colega de trabalho, topou com ela numa troca de turno e perguntou se ela estava animada para Vegas. Ela abriu o jogo. Ele falou exatamente o que ela precisava ouvir. “Pô, Ariane, você está aí há um tempão treinando pra competir, vai desistir por falta de patrocinador? Compra essa passagem, divide em 10 vezes no cartão, mas vai!”.


Ela fez a inscrição naquele dia mesmo. “Depois que tomei a decisão de participar, comecei a me inscrever em todo torneio regional e nacional que via pela frente”, conta. Precisava entrar no clima. Se preparar.


Tudo aconteceu muito rápido. Em abril, Ariane estava participando do campeonato brasileiro. Em agosto, conquistava o título mundial.

Dentre as principais conquistas que atleta acumula hoje estão o World Master Jiu-Jitsu IBJJF Championship (2017). Além da prata no Brasileiro da CBJJ e no Master Internacional South America CBJJ, ambas as medalhas conquistadas no ano de 2017.

 
 
 

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